terça-feira, 28 de maio de 2013

Antes de dizer adeus...

Gente,

Essa é nossa"última" postagem. Precisamos concluir nosso trabalho e dizer a que conclusão chegamos e o que aprendemos com essa atividade.

Ah, com muito carinho e criatividade aprendemos que somos um povo pra lá de criativo, que sempre dá um "jeitim " pra tudo. Vimos que o famoso jeitinho brasileiro pode ser para o lado bom quanto para o lado ruim. Vimos que pelo lado bom a criatividade corre solta na veia do povo brasileiro.
vimos também que esse tema rende é pano pra manga pra ser trabalhado em sala de aula. Em nossa postagem anterior demos exemplos e sugestões de como utilizar e em quais disciplinas.

É do nosso "jeitim" tentamos alegrar cada um de vocês com nossas postagem.
Isso é um até logo, sempre que acharmos novidades, acreditem, passaremos por aqui.

Um grande abraço,
Equipe De que Jeitim?

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Como articular o tema em sala de aula

Boa tarde!

Hoje estamos aqui para postar sobre um dos questionamentos do nosso roteiro: quais as disciplinas que podemos trabalhar o nosso tema?

Pensamos em três disciplinas:
* Língua Portuguesa - Trabalhando os cartazes que acharmos mais criativos, corrigir os cartazes que possuem erros ortográficos, fazer um concurso de cartazes em sala de aula, etc;

* Geografia - Estudar os características de cada região abordada. Exemplo: o jeito nordestino de falar. Estudar a região nordeste, suas características e particularidades.

* História - Pesquisar a origem do "Jeitinho Brasileiro", as consequências dessa prática, a história de cada região abordada.

O tema em si é extremamente rico e possibilita inúmeras abordagens e trabalhos.

Sejam criativos! Explorem e se divirtam com o nosso "jeitim"

quinta-feira, 23 de maio de 2013

O jeitinho brasileiro dos mecânicos



Olhem como alguns mecânicos dão um jeitinho brasileiro para trabalhar. Já viram uma pia virar bacia de lavar peças de carro ou a pia se transformar em uma churrasqueira?  E que também utilizam para fazer churrasco quando estão estressados com os clientes. No banco a peça redonda é a original, já a de boca é uma adaptação que faz o mesmo efeito, essa peça remove o articulador de direção no carro de passeio. Logo a seguir, temos uma caixa de ferramentas presa à parede com muitos pregos, e por fim temos uma banheira de tomar banho da idade da pedra, que é utilizada para testar furos de pneus e foi comprada no Ferro Velho por 50 reais.  Esperamos que se divirtam com o jeitinho do brasileiro mecânico!!!
 





segunda-feira, 20 de maio de 2013

O jeito nordestino de falar…



Quanta criatividade!!!!!


É um verdadeiro dialeto.
Mas, quem fala igual???
O Brasil por possuir uma extensão territorial imensa, tem regiões diferentes. Seja no clima, que por sua vez produz flora e faunas diferentes; seja na cultura, oferecendo costumes, tipos físicos e comidas diferenciadas e também na fala. Cada região tem seu sotaque, dialeto ou gírias.
E isto não é POBREZA e sim RIQUEZA!!
Assim como o gaúcho, o mineiro, o paraense e todos os outros; o nordestino tem sua forma peculiar de se expressar.
Valorize sua terra! Valorize seu povo!


Se é miúdo é pixototinho
Se é pequeno é cotôco.
Se é alto é galalau.
Se é franzino é xôxo.
Tudo que é bom é massa.
Tudo que é ruim é peba.
Rir dos outros é mangar.
O bobo se chama leso.
E o medroso chama frouxo.
Tá torto é tronxo.
Vai sair diz vou chegar.
Dar a volta é arrodeio.
Se é longe é o fim do mundo.
Dinheiro é bufunfa.
Cabra sem dinheiro é liso.
Pernilongo é muriçoca.
Chicote se chama peia.
Quem entra sem licença emburaca.
Sinal de espanto é – vôte!!
Se tá folgado tá foló.
Quem tem sorte é cagado.
Quem dá furo é fulêro.
Sujeira de olho é remela ou argueiro.
Gente insistente é pegajosa.
Agonia é aperreio ou gastura.
Meleca se chama catôta.
Gases se chamam bufa.
Catinga de suor é inhaca.
Mancha de pancada é roncha.
Palhaçada é munganga.
Desarrumado é malamanhado.
Pessoa triste é borocoxô.
E então é iapôis.
Pois sim é não concordo.
Pois não é estou as ordens.
Correr atrás de alguém é dar carreira.
Passear é bater perna.
Fofoca é resenha.
Estouro se chama pipôco.
Confusão é rolo.
Travessura é presepada.
Gente complicada é nó cego.
Paquerar é se inxerir.
Distraído é aluado.

(Desconheço o autor!)

Fonte:

segunda-feira, 13 de maio de 2013

O que os olhos veem, a boca ri, kkkkk

Boa tarde galera,

Falamos sobre o jeitinho brasileiro no bom e no mau sentido.
Postamos até sugestões de nomes criativos!
Agora queremos que vocês vejam o tamanho da criatividade do nosso povo através de imagens!
Vamos postar algumas fotos e tenho certeza que em algum momento você vai dar uma risadinha em alguma, rsrsrsrsrsrs




















segunda-feira, 6 de maio de 2013

O que é o jeitinho brasileiro?

Zé Carioca, personagem simbolizando a malandragem brasileira



O Brasil é o país do “jeitinho.” Somos famosos mundialmente por “dar um jeitinho para tudo” e pela nossa malandragem. O potencial brasileiro para a improvisação e para a criatividade, características centrais do jeitinho, é ao mesmo tempo algo que podemos sentir orgulho e vergonha, pois ao mesmo tempo que o jeitinho se refere a uma habilidade refinada para a resolução criativa de problemas, também se refere à nossa capacidade engenhosa de agir corruptamente para obter benefícios pessoais de maneira criativa.
Nas sociedades chinesas, é comum se observar um construto cultural semelhante ao jeitinho, o guanxi. O guanxi também é uma estratégia usada cotidianamente para a resolução de problemas, mas se diferencia do jeitinho em diversos aspectos, principalmente porque o jeitinho não envolve relações previamente existentes entre as pessoas ou a ação de qualquer mecanismo de reciprocidade, como é o caso do guanxi.
O jeitinho pode ser entendido como um tipo de ação visando obter benefício próprio ou a resolução de um problema prático,  fazendo uso de criatividade, cordialidade, engano e outros processos sociais [1]. Tanto na antropologia quanto na sociologia, o fenômeno do jeitinho brasileiro têm sido muito estudado e enfatizado como um aspecto central da identidade cultural brasileira. O símbolo do malandro, ilustrado pelo personagem de desenho Zé Carioca na imagem acima, captura a essência deste modo flexível, porém muitas vezes prejudicial a terceiros, de navegar socialmente.
Um problema enfrentado nas áreas que tradicionalmente estudam o jeitinho é no seu próprio significado, pois diversas definições costumaram capturar diferentes aspectos do jeitinho sem fazer referência aos outros aspectos. Foi visando compreender de maneira mais sistemática o jeitinho brasileiro que um grupo de pesquisadores, incluindo vários brasileiros, publicou este ano um artigo no Personality and Social Psychology Bulletin [1].
O que os pesquisadores encontraram nesta pesquisa foi que o jeitinho brasileiro, embora tenha sido tratado como um conceito unitário e coerente por boa parte da literatura em antropologia, sociologia e ciência política, se caracteriza como um fenômeno mais complexo e multifacetado, possuindo diferentes dimensões. A partir da aplicação de questionários descrevendo situações típicas de jeitinho brasileiro, eles identificaram três principais dimensões: a criatividade, a corrupção e a quebra de normais sociais.  A criatividade está relacionada à resolução criativa e inovadora de problemas sem violar normas sociais. Representando situações nas quais a resolução de problemas se dá por meios ilícitos, identificou-se a dimensão de corrupção. Por último, a quebra de normas sociais representa o uso do jeitinho para burlar normas sociais que dificultam a resolução de um problema.
A separação destas três dimensões é útil na medida em que estas dimensões se relacionam de maneira diferenciada com outras variáveis psicológicas, e este foi um aspecto investigado em um dos estudos da pesquisa. Este segundo estudo avaliou a relação entre o jeitinho e outras variáveis psicológicas conhecidas, como a orientação de dominância social, as atitudes morais e a percepção subjetiva e intersubjetiva de normais sociais.  A relação entre moralidade e jeitinho é especialmente curiosa, pois alguns autores afirmam que a prática generalizada do jeitinho cria condições para o estabelecimento de um clima de cinismo e delinquência para julgar moralmente as ações dos outros [1], além de modificar a maneira como atos morais são julgados pelas pessoas. Nessa linha pensamento, os atos passariam a ser mais julgados comparativamente a outros atos morais severos, e sendo menos julgados por si mesmos.
Ou seja, a prática do jeitinho nos encaminharia, ao longo do tempo, a julgar ações como estacionar em local proibido ou furar uma fila como menos erradas ou merecedoras de punição do que as ações de políticos corruptos, por exemplo, obtendo assim uma “justificativa” para ações individuais que seriam muito mais amenas.
Em suma, a partir dos dados desta pesquisa, o conceito de jeitinho brasileiro pode ser compreendido de maneira mais clara e abrangente como uma estratégia geral de resolução de problemas, gerados a partir de hierarquias e instituições ineficientes, que envolve a criatividade, a corrupção ou a quebra de normas sociais, comumente visando um benefício pessoal. Os dados desta pesquisa apoiam a tese de que o jeitinho é um construto cultural particular e complexo que se diferencia em aspectos cruciais de outros construtos, como o guanxi, por exemplo. Ao mesmo tempo que o jeitinho tem um caráter altamente adaptativo, pois se refere à flexibilidade cognitiva dos indivíduos na resolução de problemas, ele também mostra nossa o lado escuro da nossa criatividade para obter recursos de maneira ilícita – que o digam as cuecas dos políticos envolvidos no mensalão. A propósito, outro trabalho recente investigou este “lado escuro” da criatividade [2], mas isso é uma história para outro dia!

Referências:
[1] Ferreira MC, Fischer R, Porto JB, Pilati R, & Milfont TL (2012). Unraveling the mystery of Brazilian jeitinho: A cultural exploration of social norms. Personality & Social Psychology Bulletin, 38 (3), 331-44 PMID: 22143307
[2]Gino F, & Ariely D (2012). The dark side of creativity: Original thinkers can be more dishonest. Journal of Personality and Social Psychology, 102 (3), 445-59 PMID: 22121888